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A mostrar mensagens de janeiro, 2010
As palavras que li em todas as páginas, não me confidenciavam tanto como os teus olhos, sem o quereres. Sem gralhas e erros, de uma métrica perfeita, vi já muito escrito sem que me demovesse da minha rigidez habitual... que julguei natural... Para além das horas que agora correm, e só se demoram quando pactuamos com beijos, lembro mais o teu sorrir do que qualquer mineral raro e lapidado, ultrapassando-o nos padrões da pureza e potencial para deslumbrar. Já hoje te disse que podéramos percorrer toda a terra do Mundo, sem sentir os pés nela presos, mas que flutuáramos antes, depois de confissões arejadas nos horizontes violeta quando o dia começava ou terminava? Digo-te agora: quanto te amara!...
Queria mais alegria, em beijos desenhada. Queria a cama desfeita de paixão, e a carne mais tacteada, O sopro mais ofegante, e a poesia mais celebrada. A noite contigo devia ser mais sonora. Apesar dos dias luminosos E da arte que revisito sempre Já não faço magia como antes E ela (arte) já não mora comigo Ou em qualquer lugar vivo (o museu é frio, acinzentado... trago folhetos explicativos quando já sei que não guardarei nada do que senti nas horas ali largadas). Se tenho música sempre em mim É para que sintas que há ar desanuviado, Se te sufocara já a minha insatisfação. Chove no tempo, na rua, No mar... E cá por dentro Limpa todo o chão Que fora debulhado...