Eu não sei que mar, lençol de água, ou nuvem sou...
Mas sei que um fogo maior me pode volatilizar...
Dispersar, desprender-me de onde era,
E tornar-me parte de uma flor, um animal,
Ou enclausurar-me numa gruta profunda,
Água silenciosa, torturada na escuridão,
Água sem função fecundante...
Água presa, excomungada, condenada
À iluminação esparsa, que a terra permitiu
Em momentos em que tremeu, e se desfez em tal parte.
Eu, como água, imploro-te: deixa-me completar muitos ciclos.
O Sol que te alimenta não se extinguirá já...
Mas a água, pura, virgem, sincera, padrão da densidade,
Essa não se fará igual...
Poderá a tua tortura cessar?

Comentários

Anónimo disse…
Confuso, mas gostei igualmente... menos porque é mais triste, desesperante e inconclusivo.



Ainda




Luna

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