Pessimismo...

Melhor nem dizer... melhor é escutar a insensatez... a do amor delicado...
Mais um dia com sementes de esperança... a minha caixa de Pandora está cheia delas, mas nenhuma germinou ainda: quanto mais calor é preciso... ou terão um longo período de dormência, ou germinarão com o frio e com a solidão...? Não as entendo mesmo... mas talvez... porque não seja um solo fértil para a germinação de frágeis e infrutíferas esperanças...
As músicas repito-as... os desejos também... as preces...
A tarde continua em Lisboa, azul luminoso, com vontade de entardecer a sério, convocando aquele vento calmo... calmo...
Sabes que... jamais recuperei de qualquer desgosto de amor... temo que daqui em diante o meu coração, a alma, o local mágico onde residem os sentimentos... o cérebro, esteja cheio de arcadas silenciosas, e vãos povoados de teias, com aranhas mortas e secas, que esperaram, esperaram, sem ter tido ocasião de seduzir com as suas sedas naturais...
Disse um poeta, que o primeiro beijo não se dá com a boca, mas com o olhar...
Sentiste-o leve, transparente como as mitologias Gregas sob o fundo azul marinho? Ou a história que estou a tentar construir é outra das minhas tragédias destinadas ao sepulcro? Di-lo de uma vez, para ao menos levar as sementes, não as da esperança, mas das belas flores que invocam as estações num ano... mudanças transversais por que todos passamos...

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