Talvez quisesse escrever, melhor dizer... melhor beijar-te, melhor seria inundar-te, humedecer-te, rasgar-te a serenidade,
ou apenas te conhecer...
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Queria mais alegria, em beijos desenhada. Queria a cama desfeita de paixão, e a carne mais tacteada, O sopro mais ofegante, e a poesia mais celebrada. A noite contigo devia ser mais sonora. Apesar dos dias luminosos E da arte que revisito sempre Já não faço magia como antes E ela (arte) já não mora comigo Ou em qualquer lugar vivo (o museu é frio, acinzentado... trago folhetos explicativos quando já sei que não guardarei nada do que senti nas horas ali largadas). Se tenho música sempre em mim É para que sintas que há ar desanuviado, Se te sufocara já a minha insatisfação. Chove no tempo, na rua, No mar... E cá por dentro Limpa todo o chão Que fora debulhado...
É uma linha tão suave, coisa fragilíssima De aparência leve como uma seda de aranha, E queria o meu coração e alma poder Agarrar esse ar em que se move, e Até mudar o seu elemento físico. Nesta câmara em que bate, como se de Encontro às paredes, em loucura fosse, Antecipo um temor, vejo uma memória, Saio em desequilíbrio desse contacto... Dou um passo atrás, busco últimos saberes, Esperança de uma redenção, esperança... Daquele lugar onde vou sentir à luz Os teus abraços, e os beijos apaziguadores Que a pintura do meu amor só tem ainda inscrita, Em esboços rudes, e rasgões na tela por remendar. Darei outro passo atrás? Valerá a pena? Valerá? Entrar nesse caminho, tão certo ao início, Para ser testemunha de clareiras desbastadas, Uma desilusão visual que o cheiro Apenas traz à memória o que Está ausente em pletinude.. Quando toco o fio de seda, a aranha Denota essa invasão... A teia deixa de ser uma armadilha... Agarro-a com os dedos... A aranha tem um...
As palavras que li em todas as páginas, não me confidenciavam tanto como os teus olhos, sem o quereres. Sem gralhas e erros, de uma métrica perfeita, vi já muito escrito sem que me demovesse da minha rigidez habitual... que julguei natural... Para além das horas que agora correm, e só se demoram quando pactuamos com beijos, lembro mais o teu sorrir do que qualquer mineral raro e lapidado, ultrapassando-o nos padrões da pureza e potencial para deslumbrar. Já hoje te disse que podéramos percorrer toda a terra do Mundo, sem sentir os pés nela presos, mas que flutuáramos antes, depois de confissões arejadas nos horizontes violeta quando o dia começava ou terminava? Digo-te agora: quanto te amara!...