Cá por dentro só te vejo, e oiço, e desejo sentir-te pele com pele, da boca, de todo o corpo vivo...
A despedida é sempre uma pequena morte; a aguada nos meus olhos que fica, e nunca no céu da aguarela que quereria pintar, como um presente definitivo; uma marca de amor...

Vejo nesta mesa as ondulantes sombras destas árvores e desta vida de fim de tarde, enquanto um oboé me vai torturando com purezas demasiado desanuviadas, que não consigo conter em mim, nem em nada do que existe na minha vida; só o inalcançável me parece corresponder às imagens que esse oboé me faz chegar pelo ar...

Tu és um acorde irrepetível que me chegou ao cérebro e vibrou em todas as minhas fibras musculares, sem atritos...
Esse som que te corresponde ecoa cá dentro mais tempo que o regular...
É(s) a minha tortura mais íntima e secular...

Comentários

carocha disse…
Uma despedida pode ser um até breve! :)
Besos!

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