As horas que espero
as horas em que chove
as horas movimentadas
todas são horas de sossego
quando estás perto
quando estás longe
porque estás comigo
porque já és parte de mim
e no passado ninguém toca
como tinta indelével,
negra como a da China,
traços da memória,
moldada a ser divina.
Na nudez dançamos,
com a calma que era primordial,
antes do frio que é superficial,
que reclama roupa artificial,
que nos afasta do principal...
amor...

amor...

Escutamos a música
dessa dança pausada.
As mãos defendem os movimentos
que incitam os corpos
a seguir o metrónomo interior
e compondo a nossa obra
meio dançada, meio tocada,
vamos sentindo a noite espalhada,
pelo brilho que vemos
na superfície desses nossos olhos
macerados da paixão
ou do amor...
amor...

Nunca da ilusão.
Longe da ilusão...

Comentários

Anónimo disse…
Já estou com saudades de novas publicações...

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